CONJUNTURA
Segundo o INE, o PIB português para o terceiro trimestre de 2022, apresentou uma taxa de variação em cadeia de 0,4%, o que representa uma ligeira aceleração face ao crescimento de 0,1% observado no trimestre anterior. Em termos homólogos, o crescimento foi de 4,9%.
O crescimento da economia portuguesa no terceiro trimestre, em comparação com os três meses anteriores, foi suportado pelo forte dinamismo do turismo, assim como pela recuperação do investimento (após a queda de 5,7% no segundo trimestre), beneficiando do alívio das restrições nas cadeias de produção globais nos últimos meses. Por sua vez, o consumo privado terá abrandado, penalizado pela subida acentuada da taxa de inflação. Ainda assim, é expectável que as despesas das famílias tenham tido um contributo marginalmente positivo para o crescimento do PIB.
Nos próximos trimestres, perspetiva-se um forte abrandamento da economia portuguesa, em termos homólogos, em virtude do enquadramento externo adverso, nomeadamente por via da persistência de elevados níveis de inflação e da subida acentuada dos custos de financiamento, o que se deverá refletir numa maior moderação do investimento e na queda do consumo das famílias. Adicionalmente, os riscos de forte abrandamento da economia mundial deverão penalizar a atividade exportadora nacional. Estes efeitos adversos poderão, contudo, ser mitigados pela resiliência do turismo e pela execução dos projetos associados ao Plano de Recuperação e Resiliência.
No sector imobiliário, os operadores antecipam um abrandamento no setor, devido ao aumento das taxas de juro e ao prolongamento da subida dos custos de produção. Esse abrandamento deverá acontecer depois deste ano o setor atingir novos recordes. Apesar do contexto macroeconómico adverso, as consultoras imobiliárias admitem que, até ao final de 2022, o mercado imobiliário se mantenha atrativo nos segmentos da habitação e escritórios, com destaque para os sectores prime impulsionados pelo investimento estrangeiro. Segundo a JLL Portugal, o investimento imobiliário deverá atingir este ano 3.400 milhões de euros, um máximo histórico que corresponde a um aumento de 58% face a 2021.
Para 2023, o setor antevê um abrandamento do mercado ou mesmo a suspensão de projetos. A postura "esperar para ver" dos investidores pode vir ainda a afetar projetos que já estavam em fase avançada. Em contraciclo, devido à escassez de oferta e à maior procura decorrente da dificuldade crescente no acesso ao crédito habitação, as novas rendas irão aumentar.
Fontes: INE, nota de conjuntura Millennium BCP, Jornal de Negócios.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
i. Gestão Corrente
ii. Conquistas
No mês de outubro foi lançado à subscrição o projecto Twins Tower 25
e foi distribuído rendimento no projecto São Vicente.
AGENDA DO
MÊS
Novembro 2022