06 Junho
2025
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CONJUNTURA
RESUMO ECONÓMICO - 1T 2025 E PERSPECTIVAS

A economia portuguesa registou uma contração de 0,5% em cadeia no primeiro trimestre de 2025, refletindo um contributo negativo da procura externa, devido à queda das exportações e ao aumento das importações, influenciado por alterações na política aduaneira dos EUA (taxas e taxinhas). Em termos homólogos, o crescimento foi de 1,6%, sustentado pela procura interna. Este resultado implicou uma revisão em baixa das previsões de crescimento anual para 2025, passando de 2,4% para 1,7%, refletindo a deterioração do contexto externo e a incerteza (cada vez maior) quanto às decisões de consumo e investimento.

Apesar deste cenário, os indicadores de confiança melhoraram em maio, com destaque para o setor dos serviços e o sentimento dos consumidores. O indicador de clima económico subiu para 2,5% e o índice de sentimento económico da Comissão Europeia para 105,8 pontos, permanecendo acima da média de longo prazo. Também no turismo os dados foram positivos: os proveitos dos alojamentos subiram 12,6% face ao ano anterior, e as dormidas aumentaram 9,2%.

A inflação voltou a subir em maio para 2,3%, mantendo a média dos últimos 12 meses nos 2,4%. A queda do preço do petróleo aliviou a pressão sobre os preços energéticos, e a dinâmica mensal foi inferior à registada no período pré-pandemia. Até abril, o saldo orçamental fixou-se em 0,1% do PIB, refletindo um crescimento mais acelerado da receita (9,9%) face à despesa (3,3%), com destaque para a receita fiscal e contributiva, enquanto as despesas com pessoal cresceram em linha com o previsto no orçamento do Estado.

A economia da Zona Euro registou um crescimento de 0,4% em cadeia no 1T 2025, com contributos positivos da procura interna na Alemanha e Itália, e revisões em alta para os respetivos PIB. A inflação homóloga situou-se em 2,0%, e a inflação subjacente em 2,4%. Ainda que os mercados antecipem uma nova descida da taxa de depósito para 2,00% em junho, o BCE deverá adotar uma posição cautelosa. As tensões comerciais criam um conjunto assimétrico de riscos: por um lado, fatores desinflacionistas como a desaceleração da procura global e a reorientação comercial da China para a Europa; por outro, potenciais pressões inflacionistas causadas por ruturas nas cadeias de abastecimento e tarifas recíprocas. A recente oscilação do euro ilustra essa incerteza. Assim os analistas dividem as suas opiniões entre uma nova descia das taxas de juro na reunião de dia 5 de junho ou uma pausa prudente e de espectativa.

Nos Estados Unidos, apesar da ligeira contração da economia no 1T (-0,1% em cadeia), a confiança dos consumidores subiu em maio, estimulada pela suspensão temporária de tarifas. Contudo, os dados das encomendas de bens duradouros sugerem uma travagem no investimento. A Fed revela preocupações com os riscos inflacionistas decorrentes das tarifas e os seus possíveis efeitos. Assim, a Reserva Federal mantém uma postura de espera, considerando o atual equilíbrio do mercado de trabalho e a resiliência da economia.


Fontes: INE, BdP, BPI Research, Eurostat, Yahoo Finance, BCE, Turismo de Portugal

 


 

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

i. Gestão Corrente

PROJETOS ACONTECIMENTOS
S. VICENTE 1

Em maio o rendimento bruto traduziu-se numa faturação de 6 375,53€, o que corresponde a um decréscimo de 22,23% quando comparado com o mesmo período em 2024. A taxa de ocupação cresceu de 81,58% em 2024 para 85,07% em 2025, uma taxa de variação homóloga de 4,27%.

QUINTA DA AMIZADE

Chegado a acordo com um dos interessados o mesmo, de momento, está com dificuldade em colocar o capital necessário em Portugal para concretização do negócio. Tem sido apresentado o projeto a outros potenciais interessados e em negociações com os mesmos.

ALMADA HISTÓRICA

No seguimento da reunião com a CM Almada, iremos submeter um PIP. Não invalidando a comercialização do imóvel no seu estado atual.

SETÚBAL_ARRÁBIDA

O Parque Natural da Serra da Arrábida continua sem responder ao pedido efetuado. Sem prejuízo do processo de alteração de uso, submetido junto da CM Setúbal, o imóvel está a ser comercializado nas condições atuais e no estado em que se encontra.

COMBATENTES 54

Aguardamos resposta da CM Setúbal aos elementos entregues e aguardamos a aprovação. Existem interessados em adquirir o projeto mesmo sem a sua aprovação final, mas só negociaremos após resposta da CM Setúbal aos elementos submetidos.

VFX 47

O promitente comprador fez uma transferência parcial do montante de reforço de sinal acordado e mantem a conclusão do projeto em junho. Sem prejuízo da rentabilidade inicialmente projetada.

VINHA DA ENCARNAÇÃO II

Não foi possível realizar a assinatura do CPCV. Estamos a trabalhar no sentido de durante o mês de junho se efetuar uma amortização parcial e eventualmente a conclusão do projeto no fim do mês ou início do mês de julho.

ESTRADA PALMELA B

No seguimento do CPCV assinado, a escritura de venda deve ser realizada até ao dia 5 de outubro do corrente ano.

ALMIRANTE REIS 1

Continuamos a aguardar a emissão da licença de utilização de forma a realizar as vendas e concluir o projeto, existindo compradores para todas as frações.

SERPA PINTO 157

Vão ser realizadas visitas na 2ª semana de junho de forma a que potenciais compradores verifiquem o estado dos imóveis e assim concluir o projeto.

MOITA II

Estamos a aguardar a marcação da audiência de julgamento podendo a mesma ocorrer ainda antes das férias judiciais.

ESTORIL 10 & ESTORIL II

No seguimento da reunião com o arquiteto da CM Cascais, estão a ser ultimadas as peças a submeter à CM Cascais para análise e aprovação.

TWIN TOWERS

O projeto está a decorrer dentro do previsto.

POSTIGO DO CAIS 1

A obra de remodelação está em andamento.

ESTREMOZ 25

O projeto está a decorrer dentro do previsto.

AÇUCENAS 4

O projeto está a decorrer dentro do previsto.

 

ii. Conquistas

Devolução parcial de capital investido projeto: PALMELA B

Conclusão do projeto: PORTAS DO MONTIJO


PORTAS DO MONTIJO

Capital 222.000€ | 19 Membros

Concretizado 27
Meses
34,65%
ROI Período
15,40%
ROI Anualizado
Projetado 12
Meses
14,39%
ROI Período
15,39%
ROI Anualizado

 

iii. Melhorias e Evoluções


MELHORIAS

  • Múltiplas resoluções de fotografias foram adicionadas para melhorar a experiência de navegação no catálogo de oportunidades;
  • Correção de um erro que podia apresentar uma mensagem de falha durante o registo de Nível 1, mesmo quando este era bem-sucedido.

EVOLUÇÕES
  • Nada a apontar.

 


 

TODOS CONTAM

TENDÊNCIAS NO MERCADO IMOBILIÁRIO EM PORTUGAL - 2024

O mercado imobiliário português, em 2024, demonstrou elevada resiliência e dinamismo, com variações significativas entre os seus principais segmentos: logística, hotelaria, escritórios e residencial. Apesar de um contexto económico internacional ainda incerto, o setor beneficiou de condições de financiamento mais favoráveis, crescimento económico moderado e uma procura estruturalmente sólida, particularmente nas grandes áreas metropolitanas.

- Logística e Industrial

O segmento logístico manteve-se como um dos mais robustos do setor imobiliário em 2024. O volume de absorção atingiu os 778.500 m² (um máximo histórico) refletindo a pressão da procura por parte de operadores logísticos, retalhistas e empresas de e-commerce. Lisboa e Porto lideraram a atividade, representando, em conjunto, mais de 57% da ocupação nacional.

A crescente escassez de nova oferta continua a ser uma das principais limitações do mercado. A maioria dos contratos foram celebrados para expansão de operações existentes, com muitos ocupantes a optarem por espaços novos ou personalizados, face à inadequação do stock existente.

As rendas prime continuaram a subir, sustentadas por uma procura consistente e uma oferta limitada. As prime yields estabilizaram, mas ainda atrativas para investidores institucionais. Há também uma crescente valorização de ativos com certificações ambientais e características técnicas otimizadas, dada a exigência de eficiência energética, ESG e automatização nos centros logísticos.

- Hotelaria

O setor hoteleiro consolidou a recuperação iniciada em 2023, impulsionado por um turismo resiliente e por um contexto macroeconómico favorável. Em 2024, as dormidas cresceram 4%, com aumentos expressivos em Lisboa, Algarve e algumas regiões do interior.

Do ponto de vista operacional, a tarifa média diária (ADR) superou os 120 €, enquanto o RevPAR ultrapassou os 70 €, refletindo tanto o aumento da procura como o reposicionamento de muitos ativos para segmentos de maior valor.

O interesse de investidores internacionais voltou a crescer, com destaque para operações de grande dimensão, como a venda do Conrad Algarve e de várias unidades urbanas de 4 e 5 estrelas. As perspetivas para 2025 são de manutenção da performance, com crescente aposta em unidades sustentáveis, reabilitação e integração de tecnologia e experiências personalizadas, bem como a consolidação da oferta de luxo, foco na sustentabilidade (Green Hotels), digitalização da experiência do cliente e crescente interesse no segmento de saúde e bem-estar.

- Escritórios

O mercado de escritórios, especialmente em Lisboa, revelou um desempenho excecional, com mais de 220 000 m² de absorção em 2024 (terceiro melhor registo de sempre). O Parque das Nações e as zonas emergentes lideraram a absorção, beneficiando da conclusão de novos edifícios e de grandes operações corporativas (CGD por exemplo).

As empresas continuam a adaptar os seus modelos de trabalho, com uma consolidação das políticas de trabalho híbrido e um redireccionamento das estratégias imobiliárias para espaços mais eficientes, bem localizados e tecnologicamente preparados. A procura por edifícios com certificações ambientais (LEED, BREEAM, WELL) aumentou significativamente, como reflexo das exigências de ocupantes internacionais e investidores.

As rendas prime estabilizaram, com ligeiras compressões nas yields em algumas zonas. Apesar da limitação de novo stock disponível, o pipeline para 2025-2026 antecipa a entrada de projetos com maior pré-arrendamento. A tendência de procura tem sido por espaços flexíveis e “plug & play”, certificação ESG como pré-requisito.

- Residencial

O setor residencial mostra sinais de vitalidade apesar de vários anos de crescimento dos preços. A procura por arrendamento manteve-se elevada, especialmente em tipologias médias e em zonas periféricas.

O acesso à habitação continua a ser um desafio estrutural, com a oferta a crescer de forma muito lenta face à procura. Projetos de Build to Rent, promovidos por investidores institucionais que apostem no arrendamento estável de longa duração podem ser uma boa opção de investimento.

A sustentabilidade e a eficiência energética passaram a ser elementos críticos na decisão de compra/investimento, sobretudo entre compradores nacionais e estrangeiros com perfil mais informado. Verifica-se também um aumento da procura por novas centralidades urbanas e bairros integrados com serviços, espaços verdes e boa mobilidade.

Nuno Santos, Asset Manager


 

AGENDA DO MÊS

Junho 2025

QUINZENA EVENTO
  • Conclusão do projeto - “PORTAS DO MONTIJO”
  • Devolução do remanescente do capital investido e distribuição de rendimentos do projeto - “PORTAS DO MONTIJO”
  • Devolução parcial de capital investido do projeto “VFX 47”
  • Conclusão do projeto - “VFX 47”
  • Devolução parcial de capital investido do projeto “VINHA DA ENCARNAÇÃO II”