CONJUNTURA
O PIB suplantou o previsto para o 1º trimestre de 2023, a economia cresceu 1,6% em relação ao último trimestre e 2,5% de variação homóloga. O aumento da procura externa motivou esta boa performance, com a aceleração das exportações de bens e serviços e a continuada moderação das importações. Os indicadores de clima económico do INE e de sentimento económico da Comissão Europeia (CE) mantiveram a tendência de subida em abril. Os indicadores de clima económico do INE mostram melhorias nos setores da construção e serviços. Na indústria, o sentimento piorou devido à maior incerteza quanto à evolução da produção nos próximos meses. Os consumidores estão mais confiantes, o que resulta da perspetiva quanto à evolução em baixa dos preços e uma menor incerteza quanto à situação financeira do agregado familiar, ou seja; estão a “perceber com o que podem contar”. É de salientar que o indicador de confiança dos consumidores sobe pelo 5º mês consecutivo, estando no valor mais alto desde maio do ano passado.
A contribuir para este bom desempenho está também o turismo. No 1º trimestre de 2023 as dormidas ultrapassaram o mesmo período pré-pandemia em 14,1%, sendo o crescimento face ao 1º trimestre de 2019 nas dormidas de residentes 19,6% e nas de não residentes 11,8%.
A inflação teve um abrandamento forte em abril, de 7,4% para 5,7%, é a sexta descida consecutiva, acentuando a sua trajetória descendente. Para isso tem contribuído a descida da energia bem como a desaceleração da inflação nos bens alimentares, sendo que os efeitos do IVA 0% nos alimentos terão impacto nos dados do mês de maio.
A economia da Zona Euro evitou uma contração no 1º trimestre de 2023, observando os dados preliminares, a Zona Euro cresceu 0,1%, após um crescimento nulo 0,0% no fim de 2022.
As incertezas sobre a força do ciclo económico continuam a retrair os investidores, estando estes menos dispostos a correr riscos. A rendibilidade da dívida soberana, quer nos prazos mais curtos como nos mais longos, caiu nos EUA e também na Europa. Os dados preliminares do crescimento do PIB para o 1º trimestre nos EUA, não foram os esperados e mostrou sinais de pressões inflacionistas persistentes.
O BCE e a FED, prosseguem as suas políticas monetárias numa altura em que a atividade económica está a “arrefecer” menos do que o esperado, a inflação que apesar de alguns sinais de descida ainda permanece elevada e um ambiente financeiro mais volátil (o JPMorgan Chase Bank assumiu todos os depósitos e a maior parte dos ativos do First Republic Bank após a queda do banco). Perante este cenário o BCE aumentou novamente as taxas, a um ritmo mais lento 0,25%, no mesmo sentido a FED também aumentou as taxas de juro em 0,25% para o intervalo 5,00%-5,25%. No entanto ficou no ar a ideia que o a Fed não irá promover novos aumentos, ao contrário do BCE sendo expetável que venham a existir mais aumentos “suaves” até se atingir 4,25%. Podendo assim, no 3 trimestre de 2023 a taxa de juro estar superior à taxa de inflação.
Fontes: INE, BdP, BPI research, Lusa, Bureau of Economic Analysis.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
i. Gestão Corrente
ii. Conquistas
Foi encerrado mais um projecto: Mira Guincho
Mira
Guincho
Capital 216.215€ | 22 Membros
iii. Melhorias e Evoluções
AGENDA DO
MÊS
Maio 2023