CONJUNTURA
OPORTUNIDADES E DESAFIOS
O indicador de clima económico melhorou para 2,1%, uma subida de 0,5 pontos percentuais em relação a agosto, refletindo uma melhoria no sentimento dos setores industrial, comercial e de serviços. O único segmento que se manteve menos otimista foi o da construção. Os consumidores também demonstraram maior confiança em setembro.
As contas públicas registaram um excedente de 0,7% do PIB nos primeiros sete meses de 2024. As receitas subiram 9,5% em termos homólogos até julho, impulsionadas pelo aumento das receitas fiscais, que cresceram mais de 7%, com destaque para o IRC. Este crescimento ocorreu apesar do aumento da despesa, em grande parte justificado pelo aumento das prestações sociais e pelas despesas com pessoal, decorrentes da atualização salarial. Ainda assim, o Governo espera um ligeiro excedente de 0,3% do PIB e uma redução do rácio da dívida pública, de 97,9% do PIB em 2023 para 94,5% em 2024.
A tendência desinflacionista e a aproximação à meta de 2% do BCE devem, por si só, melhorar o poder de compra. Adicionalmente, essa evolução, prevista para toda a Europa, poderá permitir ao BCE continuar a reduzir as taxas de juro, sendo esperado pelo mercado um corte de 1,5 pontos percentuais até dezembro de 2025.
Os preços da habitação continuam a valorizar em 2024, embora a um ritmo mais lento (0,6% trimestre a trimestre, comparado com 1,3% no quarto trimestre de 2023). Espera-se uma maior dinâmica no mercado imobiliário até ao final do ano, impulsionada pela queda das taxas de juro e pelo apoio governamental à aquisição de habitação própria, o que deverá aumentar o número de vendas.
No entanto, os fatores externos podem ter maior impacto. Os conflitos bélicos continuam sem uma resolução à vista, o Japão aumentou a sua taxa de juro, valorizando o iene, e a China lançou uma medida de estímulo económico com um 'subsídio de subsistência único' para cidadãos necessitados e injetou capital nos seus bancos para apoiar a economia.
Nos Estados Unidos, o aumento da taxa de desemprego eleva o risco de recessão, e várias empresas tecnológicas estão a sofrer correções nas bolsas. No entanto, as atenções começam a voltar-se para as eleições norte-americanas.
Fontes: INE, BdP, BPI research, Eurostat, yahoo finance, BCE, turismo de Portugal
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
i. Gestão Corrente
ii. Conquistas
Conclusão do projeto: EÇA DE QUEIROZ 26
EÇA DE
QUEIROZ 26
Capital 154.000€ | 15 Membros
TODOS
CONTAM
"PRINCÍPIOS DE JAMES GRAASKAMP E SUA RELEVÂNCIA PARA OS ESTUDOS IMOBILIÁRIOS"
James Graaskamp trouxe uma visão inovadora sobre o mercado imobiliário, que continua a ser muito relevante ainda hoje. Ele acreditava que, para entender o valor de um imóvel, não podemos olhar apenas para seu preço ou localização. Graaskamp sugeria que precisamos considerar também fatores como as condições económicas, as políticas públicas, o impacto social e ambiental, e até as mudanças demográficas. O seu pensamento ainda é muito atual, especialmente porque esses fatores tornaram-se cruciais em projetos imobiliários. A forma como hoje vemos o imobiliário, como um setor influenciado por várias forças além do simples valor financeiro, deve muito às suas ideias pioneiras.
Outro ponto importante que Graaskamp destacava é que o valor de um imóvel muda ao longo do tempo. Desde a fase de construção até a fase de uso, e até mesmo quando o prédio precisa ser reabilitado ou demolido, afirmava que todas essas etapas devem ser levadas em conta de forma a tomar boas decisões. Esse pensamento ajuda muito hoje, quando procuramos projetos que sejam economicamente viáveis no longo prazo.
Graaskamp também defendia que, para um projeto imobiliário ser bem-sucedido, precisamos ouvir todas as pessoas envolvidas. Isso inclui não só os investidores, mas também os futuros moradores, as autoridades e a comunidade ao redor. Para Graaskmap esses diferentes interesses precisam ser levados em consideração, porque um projeto não afeta apenas o investidor, mas também a sociedade e o meio ambiente.
A questão dos riscos também foi algo que Graaskamp sempre destacou. Entendia que qualquer projeto tem riscos, e que o sucesso de um empreendimento depende de uma boa gestão desses riscos. Hoje, a análise de risco é uma parte fundamental na hora de planear ou investir em imóveis, e sua contribuição nesse campo é amplamente reconhecida.
Graaskamp foi pioneiro ao defender que os projetos imobiliários deveriam ser responsáveis e sustentáveis. Ele acreditava que os empreendimentos imobiliários não deveriam ter apenas um foco em lucros, mas também preocupar-se com os impactos sociais e ambientais. Isso está diretamente relacionado às práticas de construção sustentável, que procuram minimizar os impactos ambientais e garantir que as comunidades beneficiem dos projetos.
Por fim, Graaskamp acreditava que o valor de um imóvel não é fixo. Ele pode mudar ao longo do tempo, dependendo das condições económicas, da tecnologia e das necessidades das pessoas. Para ele, os investidores precisam estar atentos a essas mudanças e preparar-se para elas. Isso é algo que vemos muito no mercado de hoje, onde os valores dos imóveis variam também por causa de inovações tecnológicas e mudanças no cenário económico. À medida que as necessidades da comunidade vão-se alterando, também a capacidade do imóvel para satisfazer essas necessidades varia e por consequência também o preço do imóvel.
A forma como hoje vemos o imobiliário, como um setor multifacetado que abrange questões sociais, económicas e ambientais, é um reflexo direto das contribuições de James Graaskamp. Os seus princípios ajudam-nos a entender o mercado de uma maneira mais ampla e responsável, levando em consideração não só os aspetos financeiros, mas também os impactos sociais e ambientais. Para desenvolvedores, investidores e analistas, as ideias de Graaskamp continuam a oferecer um guia valioso para navegar nos desafios do setor imobiliário de forma inovadora e sustentável.
Nuno Santos, Asset Manager
AGENDA DO
MÊS
Outubro 2024