06 Outubro
2025
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> Melhorias e Evoluções
> Todos Contam por Nuno Santos
> Agenda do Mês

 


 

CONJUNTURA
CONJUNTURA ECONÓMICA - SETEMBRO DE 2025

Setembro trouxe novos elementos de análise para a conjuntura portuguesa e global, reforçando tendências já existentes e evidenciando desafios emergentes nos mercados internacionais. Em Portugal, começa a notar-se uma moderação das pressões inflacionistas: a inflação anual baixou para 2,4 % em setembro (face a 2,8 % em agosto). Este arrefecimento proporciona alguma folga em termos de política monetária e poder de compra, embora o cenário global continue a exercê tensão sobre a economia doméstica. No plano fiscal e de credibilidade externa, Portugal recebeu mais um impulso favorável: a agência Fitch elevou o rating soberano do país de “A–” para “A”, destacando a solidez fiscal, a trajetória de redução da dívida externa e o alinhamento das contas públicas. Este movimento reforça a perceção de resiliência das finanças públicas portuguesas num momento em que muitos países enfrentam défices.

Quanto à atividade global, os indicadores industriais voltaram a revelar dificuldades: muitos países asiáticos e europeus registaram contrações ou taxas de crescimento reduzidas no setor manufatureiro, sobretudo em função da fraqueza da procura em China e nos EUA. Em particular, a China registou o seu sexto mês consecutivo de contração da atividade industrial, refletindo tensões persistentes no setor imobiliário e fraca procura interna.

Nos mercados de obrigações dos EUA, as yields dos Treasuries evidenciaram alguma volatilidade, mas terminaram o período relativamente estáveis. A curva de rendimento mostrou alguma inclinação e o rendimento do título de a 10 anos andou em torno dos 4,15 %, enquanto o de a 30 anos se manteve próximo dos 4,75 %. O comportamento dos mercados de obrigações é relevante, porque afeta os custos de financiamento globais e pode pressionar as economias com dívidas elevadas. Nos EUA, há ainda uma preocupação latente com o risco de shutdown governamental, o que alimenta a incerteza nos mercados e pode atrasar a divulgação de dados económicos relevantes.

Na Europa, o crescimento continua modesto e heterogéneo entre os estados-membros. A Comissão Europeia sustenta a urgência de iniciativas que revitalizem o investimento coletivo e promovam inovação e competitividade, sobretudo num momento em que a escassez de mão de obra qualificada se agrava. O discurso recente de António Costa no New Economy Forum reforçou a necessidade de coesão europeia para responder a desafios estruturais comuns.

Fontes: INE, BdP, BPI research, Eurostat, yahoo finance, BCE, turismo de Portugal

 


 

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

i. Gestão Corrente

PROJETOS ACONTECIMENTOS
S. VICENTE 1

Em setembro o rendimento bruto traduziu-se numa faturação de 7 757,99€, o que corresponde a um crescimento de 23,41% quando comparado com o mesmo período em 2024. A taxa de ocupação subiu de 87,22% em 2024 para 90,00% em 2025, uma taxa de variação homóloga de 3,19%.

QUINTA DA AMIZADE

Continuam a ser realizadas visitas, sem descurar o interessado que ainda tem dificuldade em colocar o capital necessário em Portugal para concretização do negócio.

ALMADA HISTÓRICA

Continuamos a desenvolver contatos de forma a vender o imóvel no seu estado atual.

SETÚBAL_ARRÁBIDA

O Parque Natural da Serra da Arrábida ainda não respondeu ao pedido efetuado. Sem prejuízo do processo de alteração de uso, submetido junto da CM Setúbal, o imóvel está a ser comercializado nas condições atuais e no estado em que se encontra.

COMBATENTES 54

Estamos a aguardar que as duas entidades externas consultadas se pronunciem de forma a podermos concluir o projeto.

VINHA DA ENCARNAÇÃO II

Foi assinado o CPCV tendo sido realizada a respetiva devolução de capital investido.

ESTRADA PALMELA B

A escritura foi realizada. Iremos apurar a receita para distribuição e devolver aos membros investidores o remanescente do capital investido e a receita apurada.

ALMIRANTE REIS 1

A autoridade tributária aprovou a submissão do modelo 1 do IMI. Junto da CM Setúbal iremos realizar as diligências necessárias para a obtenção da licença de utilização e assim poder concluir o projeto.

SERPA PINTO 157

Não tendo chegado a acordo com um potencial interessado. Continuamos a desenvolver esforços para a conclusão do projeto.

MOITA II

Foi realizada a audiência prévia e agendadas duas sessões de discussão e julgamento para o início de novembro do ano corrente.

ESTORIL 10 & ESTORIL II

Estamos em negociações avançadas com um potencial comprador, carecendo da resposta da CM Cascais.

TWIN TOWERS

TBD

POSTIGO DO CAIS 1

A obra de remodelação foi retomada.

ESTREMOZ 25

O projeto está a decorrer dentro do previsto.

AÇUCENAS 4

Foi celebrado o contrato promessa de compra e venda e a escritura de venda deve ser realizada até ao fim de novembro.

VILLA GUINCHO

O projeto está a decorrer dentro do previsto.

 

ii. Conquistas

Conclusão do projeto: VFX 47


VFX 47

Capital 243.400€ | 26 Membros

Concretizado 22,96
Meses
27,37%
ROI
14,30%
ROI anualizado
Projetado 10
Meses
12,04%
ROI
14,45%
ROI anualizado

 


 

iii. Melhorias e Evoluções


MELHORIAS

  • Reorganização dos conteúdos para uma leitura mais simples e intuitiva do histórico de investimentos.
  • Adição de um botão de troca de perfil na secção “Registos da Gestão”. Relembramos que apenas pode consultar os registos correspondentes ao perfil no qual investiu.

EVOLUÇÕES
  • Passa a ser possível consultar as suas declarações de IRS diretamente na secção “Documentos” da plataforma. Pode também aceder a outras declarações de rendimentos auferidos através da aba de documentos dos projetos em que investiu.
  • Nota: o histórico das declarações poderá não estar completo para anos e projetos anteriores.

 


 

TODOS CONTAM

DO ENVELHECIMENTO À SUSTENTABILIDADE: OS DESAFIOS DEMOGRÁFICOS DE PORTUGAL

Portugal encontra-se perante uma transformação demográfica profunda, marcada por dois movimentos em simultâneos: A persistência de uma natalidade muito baixa e o aumento contínuo da esperança de vida. Nunca se viveu tanto tempo nem com tanta saúde, mas esta conquista convive com uma taxa de fertilidade (que mede o número médio de filhos por mulher em idade fértil) que há décadas se mantém bem abaixo do nível de renovação das gerações. Hoje, as mulheres portuguesas têm em média pouco mais de 1,4 filhos, quando seriam necessários 2,1 para equilibrar a renovação populacional. Esta realidade traduz-se num envelhecimento acelerado da população, visível no facto de a idade mediana já ultrapassar os 47 anos e de, por cada 100 jovens, existirem quase 200 idosos.

As consequências desta dinâmica são profundas. A população em idade ativa (hoje representa cerca de 63% do total), diminuirá para quase metade até 2050. O rácio entre pessoas em idade de trabalhar e reformados cairá de 2,5 para 1,6, o que significa que o esforço de financiamento das pensões e da proteção social recairá sobre um número cada vez menor de trabalhadores. Ao mesmo tempo, irá pressionar o sistema de saúde e os cuidados de longa duração, colocando em causa a sustentabilidade das finanças públicas. O impacto económico não é menos relevante. Projeções recentes indicam que a combinação de menos nascimentos e mais longevidade poderá retirar, até meados do século, cerca de 0,6 pontos percentuais ao crescimento anual do PIB português. Este abrandamento compromete não só a capacidade de criar riqueza, mas também a de manter a coesão social. Perante este cenário, a imigração tem desempenhado um papel essencial ao evitar que o declínio seja ainda mais rápido. Nos últimos anos, os fluxos migratórios contribuíram de forma decisiva para que a população portuguesa não diminuísse. Contudo, este mecanismo, embora indispensável, não é suficiente por si só: Seria necessário atrair e integrar um número de imigrantes muito superior para compensar a baixa natalidade.

Ainda assim, existem caminhos para mitigar o desafio. Políticas de apoio às famílias podem suavizar o declínio da natalidade, ainda que os seus efeitos sejam lentos. A valorização da participação das mulheres no mercado de trabalho, o prolongamento das carreiras profissionais e a criação de condições que permitam envelhecer de forma ativa e produtiva são igualmente decisivos. Acresce ainda a necessidade de repensar o sistema de pensões, estimular a poupança privada e, sobretudo, investir em ganhos de produtividade que permitam compensar a redução da força de trabalho. A tecnologia e a inovação, nomeadamente a inteligência artificial, poderão desempenhar aqui um papel central.

Portugal enfrenta uma verdadeira encruzilhada demográfica. A pirâmide populacional, que outrora assentava numa base larga de jovens, estreitou-se de tal forma que ameaça a estabilidade futura. Mas esta não é uma fatalidade. Se houver visão estratégica e capacidade de ação, a longevidade pode ser transformada em oportunidade, reforçando a solidariedade intergeracional e garantindo uma sociedade mais equilibrada e sustentável.

Nuno Santos, Asset Manager


 

AGENDA DO MÊS

Outubro 2025

QUINZENA EVENTO
  • Devolução parcial do capital investido do projeto - “VINHA DA ENCARNAÇÃO II”
  • Conclusão do projeto - “TWIN TOWERS”
  • Devolução do capital investido e distribuição de rendimentos do projeto - “TWIN TOWERS”
  • Devolução parcial de capital investido do projeto - “AÇUCENAS 4”
  • Lançamento de novo projeto à subscrição dos membros.